Questões cruciais da vida humana
humanidade, violência e guerra.
Negritude, branquitude e desumanidade
Sentido da vida, desastre do poder.
O poder sobre a vida
A vida abdicada pelo poder
O sentido da vida
A família, o afeto e o amor paternal
O desespero do mundo, o mundo em ruínas
as massas, o caminhar das massas, o desesperar-se das massas
A falta de sentido de uma vida dilacerada; de alicerces decapitados: pai e mãe. Uma máquina de egoísmo que gera snague.
O valor dum pai e dum filho. A fidelidade. A exploração. A chantagem. Os interesses vis - e depois, a virtude: quando a vida não pode mais, quando a ganância e este corpo não podem mais, por que não fazer ressoar suas forças na dignidade do outro? Esta vida não teria um valor outro, ou maior, se usada/construída com ressonâncias no meio público, em favor dos outros que virão, como se de minhas entranhas e sangue saísse o alimento para as raízes dos que virão...?
Sobre a estética
Penso que as artes também deveriam agir em favor de grandes transformações práticas do mundo, principalemente diante dos problemas mais evidentes, como o assassinato de um homem sobre o outro.
Tudo bem, tudo bem, quando a arte se serve em favor de uma ideologia, ou quando permanece somente nisso é um deserviço para a estética; e de fato será esquecida na próxima onda mercadológica... mas onde não há ideologia? Na arte contemporânea?
De todo modo, deve ser uma questão de discussão permanente; não aceitemos mais a primazia da estética ou da ideologia sem intensa discusão dialética.
O filme se vale de um imaginário esteticamente pobre, se é que podemos dizê-lo, a começar pelo enredo: um anti-herói canalha e bonitão que se converte no final; um negro africano de expressão digna e dócil; uma atriz de hollywood, bela. Quanto aos signos imagéticos, igualmente pobres: imagens do inferno, crianças assassinas que se divertem com a morte, drogando-se em um cenário de lascidão ao som de Rap; a câmera explora cenas conhecidas: balaços de metralhadoras, muito sangue, e um mocinho (que no caso é um bandido) que nunca é atingido pelos tiros - apenas por um de raspão, que lhe será fatal. Uma bala que o torna verdadeiro herói de uma causa particular (a do africano que encontrou o diamante) que provocará ressonâncias no mundo público.
Em suma, o filme não é original e nem mesmo sutil enquanto arte, mas tocante como denúncia sócio-políica. É um problema a se discutir.
Um comentário:
:)
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