Estou convencido que só se pode conhecer um lugal palmilhando-o. A pé é que se conhece um sitio. Imaginem, a velocidade de um auto: assemelha-se à velocidade das informações que nos arrebatam; à velocidade com que se sobrepõem as imagens da tv e de milhões de telas que pululam pelos cantos. Conhecer um rincão de dentro de um automóvel, faça-me o favor!, é como perceber o real pela televisão; apreciar um local perdendo-se por suas ruelas é como mergulhar na realidade através das minuciosas páginas de livros (não direi um livro, pois não basta, já que estamos dispostos à tv horas por dia).
Caminhando se (re)conhece um bairro, e a lentidão do caminhar acompanha a da pesquisa do olhar. É necessário, também, educar o olhar, e isto é grave do século XX pra cá. O olhar deve interpretar o que vê, de fato (até onde esta ilusão for possível; o que busco é uma consistência no olhar, que não ouso entender como se dá, e menos a explicá-la).
Palmilhando por Ilhabela vi casebres peculiares, arquitetura singular, que alimentaram meu imaginário sedento. Só caminhando se apreende o espírito dum lugar, que está em suas casoilas e moçoilas que descansam nas varandas e calçadas!
Comentários: franzrosa@hotmail.com Rodrigo Rosa Grupo de Leitura de poesia Que coordeno: www.voxalta.blogspot.com Projetos em andamento: . Finalizaçao de livro de poesia . Traduçao de: El alma oblicua, de Vicente Cervera Salinas (Espanha) . Peça de Teatro sobre patrimônio de Sto amaro
segunda-feira, 23 de julho de 2007
As visões do caminhar
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