Na favela o esgoto escorre;
A luz me devolve outro mundo;
Tanta belezazinha que ninguém viu;
criançada linda
jovens jovens
velhos touvos
Tanta senhora sem hora chegante
chegadouras sacolas e sacolas
corpo achatado
descendo a ladeira
tanto conversê
gente que gente
menina levando barro
menino que vi trepado no meu quintal
me sorri
mais homi que eu
É beleza assimétrica
É gente gente amontonada
Vi perna deitada na cama
Cheiro de sexo
Pele escura escura
retinta da noite
d’arrabalde
minha favela
no cair da noite
se se desenfurna
A luz me devolve outro mundo;
Tanta belezazinha que ninguém viu;
criançada linda
jovens jovens
velhos touvos
Tanta senhora sem hora chegante
chegadouras sacolas e sacolas
corpo achatado
descendo a ladeira
tanto conversê
gente que gente
menina levando barro
menino que vi trepado no meu quintal
me sorri
mais homi que eu
É beleza assimétrica
É gente gente amontonada
Vi perna deitada na cama
Cheiro de sexo
Pele escura escura
retinta da noite
d’arrabalde
minha favela
no cair da noite
se se desenfurna
Um comentário:
Tão linda tão bela era ela minha favela. Eu favelado a ela, como preso a cadeia, sem sentindo nem objetivo simplesmente favelado.
Não, não que seja ruim, por mais que eu saio da favela é ela que não sai de mim, não tem fim. Eu favelado nela e ela favelado em mim.
Não, não é ruim eu quero ser favelado nela, mas quero muito mais que ela seja favelado em mim.
Não, não sei se ruim, mas vou continuar favelado nele, mas, ela cada vez mais longe de mim.
Não! isso é muito ruim vou morrer favelado nela e ela nem ai pra mim.
Postar um comentário